Clima foi o principal responsável pela queda dos índices da doença, mas chuvas no início de 2022 exige atenção ao manejo
O cancro cítrico está presente em 10,76% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, o que corresponde a 21 milhões de plantas, de acordo com o último levantamento feito pelo Fundecitrus, divulgado no fim de 2021. Contrariando a tendência de aumento dos anos anteriores, houve uma redução de 38% na ocorrência dessa doença em comparação ao ano anterior.
A presença da doença foi menor na maioria das regiões – as maiores incidências estão em Votuporanga (45,78%) e São José do Rio Preto (37,99%), já as menores nas regiões de Altinópolis (0,43%), Itapetininga (1,53%) e Porto Ferreira (1,28%).
“A redução da doença já era esperada devido ao clima desfavorável e intensa estiagem no cinturão desde 2020”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau. Ele acrescenta que a ocorrência de chuvas acompanhadas de ventos é a principal forma de disseminação da bactéria que causa o cancro cítrico.
Incidência
A menor prevalência do cancro cítrico nos pomares não indica que o produtor pode relaxar nas medidas de manejo da doença, pois sua fase crítica começa na primavera e vai até o fim do verão.
“É provável que o cancro cítrico continue presente nas propriedades e que, durante o período chuvoso, novas infecções aconteçam se o pomar não estiver adequadamente protegido”, alerta Behlau.
Conforme explica, hoje é possível neutralizar ou minimizar as perdas pelo cancro cítrico utilizando até 70% menos água e produto. “Com o avanço das pesquisas, o controle se tornou mais eficiente e sustentável”, diz
Consulte o relatório completo sobre a incidência de cancro cítrico em https://www.fundecitrus.com.br/pdf/levantamentos/Relatorio_levantamento_de_ doencas_2021-greening_CVC_e_cancro_citrico.pdf.