Manejo integrado de pragas é o caminho para solucionar problemas no período
Em alguns estados, o milho-safrinha que vem ganhando mais espaço como oportunidade de rotação de cultura após a colheita da soja e do feijão, por exemplo. Porém, a agricultura brasileira, por suas constantes mudanças climáticas, somada à busca de alta produtividade, enfrentam desafios, todos os dias. Um deles é a pressão de pragas. Qualquer região onde se cultiva milho é uma forte candidata às pragas, com destaque para o percevejo-barriga-verde e a cigarrinha.
“Dentro de alguns dias, iniciam os períodos de maiores temperaturas e umidade e, com eles, o aumento da pressão das pragas que, por seu perfil de alta intensidade, se multiplicarão, fazendo ‘pontes´ até o milho de segunda safra ou safrinha”, a afirma a gerente de Cultura Centro-Sul da FMC, Débora Prado. “É nesse momento que a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) ganha ainda mais espaço.”
Danos
Ela informa que os danos causados por essas pragas são severos, já que elas são vetores de fitopatógenos como os Mollicutes, a principal causadora do complexo de enfezamentos do milho, prejudicando a translocação de nutrientes, a formação de espigas e o enchimento dos grãos, levando a uma redução de produtividade considerável e prejuízos ao produtor.
“O grande problema na cigarrinha é sua capacidade de migrar e se reproduzir com muita rapidez, passando a infestar outras áreas vizinhas com grande velocidade”, explica Débora. “Porém, é possível diminuir a incidência dessas pragas através do manejo constante da área com a utilização de soluções que auxiliem no controle e eliminação, mantendo ou até mesmo maximizando a produtividade”, acrescenta.
Uma das formas eficientes de combater a cigarrinha é através do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Esta estratégia é baseada na integração de diferentes medidas de controle, associadas a dinâmica populacional das pragas, levando-se em conta critérios econômicos, ecológicos e sociais.
“Além do manejo e da observação precoce do campo, é indicado escolher híbridos com menor suscetibilidade à praga, o tratamento de sementes, bem como aplicações foliares de inseticidas em intervalos adequados, desde a emergência da planta”, arremata a especialista.