Grão é utilizado basicamente na alimentação animal e exige de condições de armazenamento
Com uma área plantada de 840 mil hectares, a safra brasileira de sorgo 2022 deve alcançar o recorde de 2,5 milhões de toneladas, conforme previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse grão, que é basicamente utilizado na alimentação animal, exige que a colheita seja realizada no momento próprio e de forma adequada.
Nesse aspecto, um dos fatores importantes é a umidade do grão, na colheita, que deve estar entre 17% e 14% com secagem artificial. Sem recursos para secagem artificial, a colheita só poderá ser feita quando a umidade cair para 12% a 13%.
Segundo o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da LocSolution, empresa que atua no segmento de medidores de umidade, outro detalhe importante é que após a colheita a umidade dos grãos sobe sempre 1 a 1,5 pontos percentuais em relação à umidade da amostra.
“No caso do produtor optar pela silagem, o ponto ideal é quando a planta inteira atinge pelo menos 30% de matéria seca, assim mantém a qualidade original”, afirma Smolareck. Ele acrescenta que “não basta guardar os grão de sorgo, é preciso conservá-los. A boa conservação dos grãos resulta em reflexos diretos na comercialização”.
Armazenamento
O sorgo, como os outros grãos, quando colhido no tempo certo e com a umidade prevista nas instruções normativas do Ministério da Agricultura, garante maior rentabilidade ao produtor rural. Porém, quem precisa armazenar o produto, precisa observar a estrutura de secagem, as tecnologias específicas de conservação para evitar elevados índices de perdas.
O armazenamento ainda é a melhor forma de guardar e conservar os grãos. Porém, é importante lembrar que essa etapa não melhora a qualidade do grão de sorgo, mas preserva as suas características biológicas físico-químicas nutricionais e sensoriais. “Por isso, o ponto da colheita é tão importante”, analisa o agrônomo.
Segundo o especialista, para verificar o ponto da colheita, o produtor rural pode utilizar o medidor de umidade de grãos (soja, milho, sorgo, trigo) que ajudar a monitorar a qualidade da produção. Para isso, recomenda-se coletar as amostras de grãos de vários pontos da área plantada para verificar a umidade antes da colheita.
“O medidor determina o percentual de umidade garantindo maior controle e qualidade durante a colheita, venda e armazenagem, afirma Smolareck. “Conhecendo o percentual de umidade na colheita, o agricultor conseguirá fazer um melhor planejamento e terá redução de custos com secagem e armazenamento”, comenta.