Sendo a base da alimentação dos brasileiros, falta de micronutrientes podem afetar o crescimento e o rendimento dos cultivos
Considerados alimentos que não podem faltar no prato dos brasileiros, o arroz e o feijão formam uma combinação Importante para oferecer qualidade nutricional aos humanos, Entretanto, para chegarem à mesa da população, esses grãos precisam de nutrientes para ter alta produtividade.
“A falta de nitrogênio no arroz, por exemplo, limita sua produtividade. E, no feijão, a deficiência de molibdênio afeta a fixação de nitrogênio”, explica o pós-doutor em agronomia e gerente técnico da BRQ Brasilquímica, Bernardo Borges.
Segundo ele, esses desafios nutricionais devem-se à combinação de fatores ambientais, climáticos e de manejo agrícola, como baixa fertilidade natural do solo, práticas inadequadas de manejo do solo e fertilização, ou condições que limitam a disponibilidade de nutrientes, como pH inadequado e compactação do solo.
“A falta de nitrogênio, fósforo, potássio, zinco e ferro são comuns no cultivo de arroz. Por isso, é preciso ter adubação nitrogenada. Já no cultivo de feijão, os maiores desafios envolvem a falta de nitrogênio, fósforo, potássio e molibdênio”, informa Borges.
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A importância do manejo
O gerente alerta que, realizado de forma inadequada, o manejo pode comprometer a produtividade e a rentabilidade das culturas. Assim, ambos os grãos exigem abordagem integrada de manejo do solo e nutrição das plantas. “Já o manejo adequado do solo e grãos bem nutridos possibilitam aos produtores não só a melhoria da qualidade, mas o aumento da produção”, observa.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em boletim de agosto, a safra de arroz 2023/2024 foi estimada em 10,589 milhões de toneladas, crescimento de 5,6% em relação à anterior (2022/2023). Já a safra de feijão 2023/2024, foi estimada em 3,259 milhões de toneladas, aumento de 7,3% em relação à safra anterior (2022/2023).
O investimento em nutrição, assim como em outras tecnologias de manejo tem sido muito importante para o arroz e o feijão ao longo de 30 anos. Conforme apontam dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de arroz saltou de 10 milhões de toneladas, em 1992, para 10,8 milhões de toneladas em 2022.
A área cultivada, entretanto, diminuiu de 4,9 milhões de hectares para 1,7 milhão de hectares. O mesmo fenômeno verifica-se na produção de feijão. De 2,797 milhões de toneladas em 5,5 milhões de hectares, em 1992, chegou a 2,842 milhões de toneladas em 2,7 milhões de hectares, em 2022.
“O nitrogênio é um nutriente vital para o crescimento e desenvolvimento desses grãos e desempenha papel essencial em diversos processos fisiológicos, garantindo rendimento e qualidade excelentes”, completa o gerente técnico.