Uma planta de pitaia pode produzir 20 quilos da fruta. No mercado chega a ser vendida por R$ 40,00 o quilo
A produtora rural Elenir Alves de Souza, do Sítio Monte Azul, interior do Mato Grosso, cultiva pitaia há quatro anos como alternativa de renda em sua propriedade. A colheita da fruta rústica com sabor doce, de polpa firme e repleta de sementes, será realizada no início de dezembro.
Ela destaca que alguns frutos chegam a pesar 700 gramas a unidade e pode ser comercializada por R$ 30,00 a peça. A produtora vende as frutas nas cores branca, amarela e vermelha. Conforme Elenir, o preço avulso do fruto varia de R$ 10,00 a R$ 25,00 a unidade na época da safra.
A agricultora possui uma área de meio hectare e acha o cultivo rentável, já que a colheita dura em média sete meses (outubro a maio).
“Esse tipo de fruta dá retorno e considero bem lucrativa. Além do sabor, tem os benefícios para a saúde com a prevenção de doenças crônicas. Devido a sua composição nutricional, a pitaia tem ação antioxidante, rica em vitamina C, responsável pelo reforço da defesa do organismo, efetuada pelo sistema imunológico”, esclarece.
Detalhes da produção
Uma planta de pitaia pode produzir 20 quilos da fruta. No mercado a pitaia chega a ser vendida por R$ 40,00 o quilo. O alto valor pago pelo quilo da fruta, que pode variar dependendo da época do ano e da demanda, também constitui um grande atrativo para o plantio dessa frutífera.
O custo para implantação de um hectare pode chegar a até R$ 60 mil e o retorno pode ser de R$ 100 mil por hectare. “A planta produz no primeiro ano, e pode estabilizar no quarto ano de produção com a produtividade de até 20 toneladas por hectare”, comenta.
As espécies mais conhecidas e comercializadas, especialmente pela qualidade dos seus frutos, são a pitaia-branca (rosa por fora e branca por dentro), a pitaia-amarela (amarela por fora e de polpa branca) e a pitaia-vermelha (avermelhada por fora e por dentro).
É uma planta perene, trepadeira com características básicas, com dias longos e florescimento a noite. Rica em nutrientes como as vitaminas C, B1, B2 e B3 e minerais como ferro, cálcio e fósforo, a pitaia oferece excelente alternativa para a alimentação.
Esforços da Empaer
O supervisor do Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em Tangará da Serra, Welington Procópio, fala que numa parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão sendo avaliados cinco materiais genéticos em 135 plantas. Estão pesquisando também, palanques de sustentação para o manejo da planta.
“Estamos testando madeira de lei, eucalipto tratado e poste de cimento para sustentar a planta acima do solo”, explica.
Serão instaladas Unidades de Referência Tecnológica (URT), nos municípios de Acorizal, São José do Rio Claro e Nova Ubiratã para avaliação dos materiais genéticos oriundos da Embrapa.
Segundo Procópio, o objetivo do trabalho de pesquisa é estudar o manejo e buscar alternativas economicamente viáveis para a agricultura familiar. O trabalho teve início em 2016. As mudas de pitaia já estão sendo produzidas pela Empaer e comercializadas por R$ 15,00 nas cores vermelha e branca.