Brasil é o segundo maior exportador da produção ervateira do mundo, com 35% do total, atrás da Argentina, que detém 57%. Mercado nacional tem espaço de sobra para crescer
O chá é a segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água, e faz parte dos costumes e hábitos diários de vários povos. “No Japão, integrou-se de tal forma aos costumes e à vida diária da população, a ponto de se tornar sinônimo daquilo que no aroma e paladar sintetizam a essência local.”
É o que destaca à Revista A Lavoura o engenheiro agrônomo Jorge Zbigniew Mazuchowski, que coordenou o Projeto Erva-Mate do Instituto Emater (Empresa Brasileira de Assistência Técnica Rural), no Estado do Paraná.
“Diferentemente dos brasileiros em geral, que veem o chá mais como um tipo de medicamento homeopático, os japoneses tratam o chá como os brasileiros fazem com o cafezinho”, comenta o especialista.
Ele acredita que os japoneses e outros orientais bebam chá, porque gostam do sabor e não porque faz bem à saúde: “Isso é secundário. Foi pelo hábito que o chá foi incorporado ao cotidiano nipônico”.
Experiente nesse tipo de produção agrícola no Brasil, Mazuchowski informa que a chá é o nome correto das folhas preparadas do arbusto Camelia sinensis.
“No Brasil, essa palavra passou a denominar qualquer infusão de ervas, principalmente o chá-mate tostado (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.), que os colonizadores adotaram dos nativos como substituto do chá verdadeiro que era usado na Europa.”
Estudo
Bastante popular no Brasil, a erva-mate é um dos alimentos mais poderosos do mundo, conforme revelam pesquisas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, por apresentar uma série de benefícios medicinais, graças a seu elevado teor de antioxidantes.
Em um teste in vitro ficou constatado que essa erva reduz os processos inflamatórios e tem o poder de combater o câncer. Isso ocorre porque o mate possui uma grande concentração de ácidos cafeoilquínicos (ACQ).
Essa substância é capaz de induzir a autodestruição das células cancerígenas, por meio da danificação de seu DNA, segundo indica o estudo norte-americano.
Mais benefícios à saúde
A erva-mate, além de prevenir o câncer e doenças de origem inflamatória, desacelera o envelhecimento precoce e atua como um estimulante para a disposição física e mental. Também ficou comprovada, pelas pesquisas nos EUA, a redução do colesterol em pessoas que consomem diariamente o chá em infusão, ou seja, com a imersão da erva em água quente.
Cientistas norte-americanos, no entanto, concluíram que, para usufruir de todos esses benefícios, é fundamental priorizar as opções orgânicas, considerando que os chás convencionais podem conter alto teor de agrotóxicos, que anulam os efeitos saudáveis da erva.
Diretor-executivo do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), Roberto Magnos Ferron, pondera ao ressaltar que a erva normal industrializada e a orgânica, em termos de processamento, não tem diferença.
“A diferença está na forma produtiva. Para que a erva-mate seja orgânica com certificação, em sua produção, não podem ser usados adubos químicos e agroquímicos. Seria a nossa dita erva nativa. Mas não basta dizer, tem de se provar, daí a certificação garantir essa procedência”, comenta Ferron.
Sistema nervoso central
A erva-mate é utilizada como estimulante do sistema nervoso central e por suas propriedades antioxidantes em preparações herbáceas pela fitoterapia.
“O número de trabalhos científicos com a erva-mate é inferior ao verificado em bebidas estimulantes concorrentes, como chá (Camelia sinensis) e café. A maioria dos estudos sobre o potencial protetor à saúde pela erva-mate foi realizada com o chimarrão (erva-mate verde), seguido da erva-mate tostada e do chá-mate”, informa Mazuchowski.
É exatamente por causa da composição química da erva-mate e de seus atributos funcionais que há um enorme potencial de inovação a ser explorado, principalmente no Brasil.
“O desenvolvimento de novos produtos à base de erva-mate estimula a atividade agrícola ervateira, aumentando a demanda pelo produto e a rentabilidade de toda a cadeia produtiva”, defende o engenheiro agrônomo.
Formas de consumo
No Brasil, o consumo de erva-mate está mais concentrado na Região Sul, com destaque para o Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na forma de infusão quente (chimarrão). “A estimativa de consumo é de 105 mil toneladas de chimarrão”, informa Mazuchowski.
De acordo com o diretor executivo do Ibramate, Roberto Magnos Ferron, “temos 19 Estados de clima quente no Brasil, que não conhecem a erva-mate, contabilizando 150 milhões de consumidores”.
Devido aos diversos tipos de bebidas naturais concorrentes e à diversidade de climas no território brasileiro, Mazuchowski destaca que os produtos desse tipo de erva têm sido degustados em outras regiões na forma de tereré, como infusão fria e/ou gelada, chá mate e bebidas de pronto consumo, entre outros tipos de bebidas.
No Paraguai, esse mesmo chá é conhecido, principalmente, por seu nome em guarani “ka’ay”, sendo consumido tanto nas zonas rurais quanto urbanas. Os vizinhos do Brasil utilizam um objeto bem interessante para esse consumo – o chifre de boi ou guampa –, o que valoriza ainda mais a bebida.
Especialistas acreditam que, mesmo a erva-mate trazendo tantos benefícios à saúde, muitas pessoas não a consomem por considerá-la muito amarga. E é exatamente para atender a esse público que muitos fabricantes já disponibilizam o chá em versões mistas com limão e gengibre (ideal para o inverno) e sachês de mate com açaí e guaraná.
Quando são colocadas em infusão, essas opções oferecem um sabor diferente, deixando o mate mais agradável ao paladar.
A planta
Mazuchowski explica que a designação científica da erva-mate é Ilex paraguariensis A. St.-Hil.: “Ela recebeu esse nome em 1822, conforme classificação do naturalista francês August de Saint Hillaire, do Museu de História Natural de Paris, decorrente da coleta de material botânico realizada em expedição nas proximidades de Curitiba (PR)”.
Segundo o engenheiro agrônomo, “essa espécie integra um grupo de 600 espécies da família Aquifoliaceae, das quais 60 têm ocorrências no Brasil”.
O especialista relata que a erva-mate prefere solos medianamente profundos a profundos, em altitudes entre 500 e 1500 metros, podendo ser encontrada em regiões acima ou abaixo desses limites, de maneira mais esparsa.
“A planta cresce naturalmente em solos de baixa fertilidade, baixos teores de cátions trocáveis, altos teores de alumínio e pH baixo.”
É uma espécie clímax, tolerante a sombra, “mas que se regenera com facilidade quando as árvores do estrato arbóreo superior (árvores de sombra) são raleadas ou podadas”.
“Constitui uma planta característica da Floresta Ombrófila Mista Montana, sempre em associação com o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), embora no Noroeste do Paraná e no Sul de Mato Grosso do Sul esteja presente na Floresta Estacional Semidecidual”, informa Mazuchowski.
Números
Segundo os mais recentes dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (de 2010), “do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) dos produtos florestais brasileiros, a erva-mate representou aproximadamente 4% do total, ou seja, R$ 127,5 milhões, o que significam em torno de 43% dos produtos não madeiráveis”, cita o especialista em cultivo ervateiro.
Embora esses dados sejam bem significativos e os números possam ser ainda maiores, considerando que as pesquisas do IBGE são de 2010, o Brasil exporta apenas 10% do pouco que produz em território nacional.
Os destaques são o Estado do Paraná, maior produtor de erva-mate do País, no entanto, terceiro maior consumidor, atrás do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Isso significa, na visão de Mazuchowski, que “o setor tem potencial para crescer”.
Cultivo agrícola
O engenheiro agrônomo também destaca que a produção ervateira é restrita a três países: Argentina, com 57% do total global; Brasil, com 35%; e Paraguai, 8%. Em território nacional está presente em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 450 mil quilômetros quadrados ou 5% de área plantada.
“Estima-se que aproximadamente 224 mil hectares de ervais estejam distribuídos em 180 mil propriedades brasileiras, localizadas em 480 municípios”, nos Estados citados, com predomínio de pequenas e médias propriedades rurais.”
Conforme o especialista, os cultivos de erva-mate “aparecem ainda, em reduzidos nichos, em Minas Gerais (Sul), Rio de Janeiro (Serra de Itatiaia) e São Paulo (Serra da Cantareira e Sul do Estado de SP), em áreas de floresta de Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná)”.
“Um aspecto relevante nos negócios da erva-mate é verificado em sua colheita na propriedade rural, logo após o corte de ramos e folhas, quando são realizadas operações de pesagem da matéria-prima, antes do embarque em caminhão. Essa prática objetiva identificar o volume da produção diária e permite o confronto com a pesagem na recepção da indústria, como forma de definir o preço a ser pago”, salienta Mazuchowski.
Diretor-executivo do Ibramate, Roberto Ferron destaca que, atualmente, há excesso de produção de matéria-prima “folha” nos Estados produtores: “Por isso, o preço pago ao produtor está baixo. Aqui, no Rio Grande do Sul, gira em torno de 11 reais a arroba”.
Quanto à distribuição, ele informa que cada empresa ervateira tem seu sistema de comercialização e distribuição aos mercadistas: “Há comércio de erva-mate pela internet e entregas em locais mais distantes dos centros de consumo via correio e transportadora. Mas o custo do frete é igual ou superior ao produto”.
Atividade simples
Segundo Mazuchowski, essa atividade agrícola é relativamente simples para o empreendedor rural, embora seja exigente em aspectos de tipos de solo (profundidade, sem impedimentos no perfil); fertilidade (adubação para incremento da produtividade); disponibilidade de água no solo (adubação verde de verão e de inverno, prática do mulching); e em seleção de material genético (sementes de matrizes especializadas em produção foliar).
De acordo com o engenheiro agrônomo, a disponibilidade dos recursos de terra, capital e mão-de-obra, em cada propriedade, os seguintes sistemas de plantio poderão ser adotados:
* Erval a céu aberto: consiste no plantio solteiro ou plantio consorciado com lavouras ou pastagem. As mudas de erva-mate são expostas ao sol direto.
* Erval sob cobertura: consiste no plantio sob mata raleada ou, então, aproveitando sombreamento de plantas sombreadoras ou introdução de espécies arbóreas no erval.
* Erval em faixas ou leiras em nível: consiste na abertura de faixas com largura de 1,5 a 2,5 metros em capoeiras, seguido pelo plantio das mudas nessas faixas.
“Em termos práticos, em função das adequações fisiológicas da erva-mate está concentrado em quatro Estados brasileiros (PR, SC, RS e MS) sem apresentar viabilidade econômica em outros Estados”, cita Mazuchowski.
Implantação e manejo de ervais
De acordo com o especialista, o cultivo da erva-mate é uma atividade que possibilita respostas positivas sob os aspectos ambientais e sociais. No ambiental, em virtude da melhoria da qualidade da água, proteção de nascentes, formação e conservação do solo, biodiversidade.
Pelo lado social, principalmente por meio da geração de renda, possibilita o sustento da família rural, especialmente ao manter o jovem no campo, em uma atividade que não possui um processo de mecanização tão desenvolvido, ou seja, é extremamente dependente de mão de obra, levando em conta o cenário de envelhecimento da população rural.
Nesse sentido, “o setor ervateiro tem despertado para a necessidade de modernização dos ervais, que necessitam de novas práticas de manejo para que possam produzir bem e se tornem rentáveis, possibilitando que a cadeia produtiva da Erva-mate possa se desenvolver ainda mais”, diz Mazuchowski.
Adoção de estratégias
Para o engenheiro agrônomo, esse setor agrícola no País tem espaço de sobra para crescer, porque “a criatividade do empresário ervateiro está em trabalhar para seu negócio como sendo o ponto de partida para a oferta de seu produto, processo produtivo e serviços”.
“Assim, para atingir o mercado consumidor no qual está o cliente, ele deve conhecer e entender a vontade do consumidor de um determinado nicho de mercado”, orienta.
Em sua opinião, “esse é o caminho a ser percorrido por todo líder de mercado que, além de conquistar novos consumidores, mantém uma relação de transferência segura de atendimento contínuo com todos os clientes novos e os anteriormente conquistados”.
Sharing economy
O especialista relata que a economia ervateira possui diversos modelos de negócios consagrados no passado, os quais vêm sendo adaptados às novas formulações de valor e preço, lucro e competição, convivendo com a proposta de compartilhamento e colaboração.
“A dinâmica do sistema de relações sociais é a base da economia do compartilhamento (sharing economy), em que a colaboração ganha mais espaço na compra e venda dos produtos e serviços em torno do mate. O meio digital e, sobretudo, a internet têm estimulado releituras de conceitos considerados pilares da economia.”
Mazuchowski acredita que seja por meio dessa ferramenta que o movimento da economia ervateira esteja se desenvolvendo e colocando em cheque a forma tradicional de obter lucro.
“Para tanto, é necessário o entendimento de que o planejamento organizacional é compatível na empresa rural, assim como na empresa processadora. Conhecer o volume da oferta, por meio dos indicadores de produtividade anuais, faz parte dos serviços do agricultor ervateiro. Ao industrial, cabe identificar a oferta para atender a demanda do consumidor final.”
Ele ainda considera todos os encargos sociais e o sistema de relações familiares: “O único bem negociável entre o produtor rural e o industrial é o produto e serviços ‘mate’”.
“O industrial beneficiador tende a adquirir a matéria-prima in natura ou cancheada, tendo em conta a expectativa da demanda pelo mercado varejista.”
Conhecendo os tipos de chás
O engenheiro agrônomo lista vários tipos de chás e seus respectivos benefícios:
* Chá Mate: folhas tostadas de Ilex paraguariensis A. St.-Hil. Após a secagem das folhas, seus açúcares passam por uma metabolização que oferece o sabor característico de mate. O chá é geralmente feito com mate tostado, após a torrefação, que altera o sabor. Ajuda a inibir a absorção do colesterol e tem propriedades antioxidantes, que combatem os radicais livres. Também contribui para uma menor produção de glicose.
* Chá Mate Verde: folhas desidratadas, sem tostar, de Ilex paraguariensis. Com sabor peculiar, é similar ao tradicional chá mate. Serve para quem opta por tomar um chimarrão mais prático, absorvendo todos os benefícios da erva-mate.
* Chá Branco: brotos desidratados de Camelia sinensis. Feito da primeira colheita da planta Camellia, enquanto ainda está em forma de broto, é o de mais fácil obtenção e o menos amargo dos quatro chás dessa planta. É antioxidante e ajuda a retardar o envelhecimento, além de diminuir as taxas de colesterol ruim.
* Chá Preto: folhas fermentadas e desidratadas de Camelia sinensis. Suas folhas passam por oxidação, deixando-o mais cafeinado. Depois é secado para barrar a fermentação. Tem sabor mais forte, sendo mais adocicado, mais barato entre os chás e o mais rico em teor de cafeína.
* Chá Verde: folhas e brotos desidratados de Camelia sinensis. É colhido quando a folha da Camellia já está madura, sendo secado rapidamente, rompendo processos metabólicos e impede a fermentação. Tem ação rejuvenescedora e ajuda na absorção de gordura eliminando mais toxinas do organismo. É o mais amargo devido grande quantidade de cafeína.
Propaganda e marketing
De acordo com Mazuchowski, “infelizmente, verifica-se uma total ausência de propaganda e marketing no Brasil, para incremento do consumo de chás, independentemente da matéria-prima”.
“Tal fato é decorrente do predomínio de clima tropical no território brasileiro, observando-se que nem na política do setor de educação (fundamental e segundo grau) é adotada o consumo de chás como opção alimentar, preferindo outros tipos de bebidas.”
Em paralelo, ressalta o especialista em produção ervateira, “existem algumas pequenas ações isoladas desenvolvidas por algumas empresas, com ações pontuais, especialmente em eventos que permitem melhor exposição dos produtos à base de erva-mate, especialmente no Sul do Brasil”.
Diretor-executivo do Ibramate, Roberto Ferron concorda com a falta de propaganda positiva que incentive o consumo de erva-mate no Brasil.
“O grande foco das indústrias é o chimarrão. Nem os gaúchos conhecem os inúmeros benefícios da erva-mate à saúde e suas propriedades medicinais. Trata-se de uma planta (árvore) que possui 192 princípios ativos já identificados e estudados. É a planta mais completa do planeta Terra”, defende.
Inclusão social
Mazuchowski afirma que o cultivo da erva-mate no País é de “grande importância econômica por representar um relevante instrumento de inclusão social”. “Estabelecer plantios de erva-mate aumenta a necessidade de desenvolvimento de técnicas silviculturais e disponibilização de tecnologias ao setor ervateiro para as pequenas e médias propriedades.”
O diretor do Ibramate vai além, ao levantar algumas questões: “Quem pensa e planeja a cadeia produtiva da erva-mate? Quem faz estudos sobre o consumo do mate? Quem busca conquistar novos consumidores? Quem investe em pesquisas direcionadas ao setor produtivo e industrial? Quem investe em marketing e divulgação deste produto natural, medicinal e nutracêutico?”.
“O não crescimento da cadeia como um todo está na resposta dessas perguntas. Desde 1967, quando se extinguiu o antigo INM (Instituto Nacional do Mate), a cadeia produtiva riograndense e brasileira ficou marginalizada na questão de ‘políticas públicas setoriais’ para a erva-mate”, critica Ferron.
Outros gargalos
Segundo Ferron, “o setor ervateiro enfrenta diversos gargalos, como o excesso de oferta de matéria-prima, competitividade desleal entre as empresas ervateiras, carga tributária elevada se compararmos a outros países, deficiência estatal nos serviços de controle e fiscalização, o que leva o negócio à informalidade”.
Ainda cita “o baixo consumo nacional per capita, inexistência de estudos qualitativos e quantitativos da produção, falta de padronização do produto, deficiência na modernização do processo industrial, desorganização da cadeia produtiva, dentre outros”.
Senadores brasileiros já reconheceram a importância da produção, distribuição e consumo de erva-mate no País. De acordo com a Agência Senado, continua em análise um projeto que implementa a Política Nacional da Erva-Mate.
O objetivo do Projeto de Lei Complementar (PLC nº 72/2017) é fomentar a produção sustentável, elevar o padrão de qualidade e incentivar o comércio de erva-mate do Brasil. Ainda estabelece que a Política Nacional da Erva-Mate terá como princípios a sustentabilidade ambiental, econômica e social da cadeia produtiva; a articulação e a colaboração entre o setor privado e os entes públicos; o incentivo ao consumo e ao desenvolvimento de novos mercados, além da geração de empregos industriais.
Conforme a Agência Senado, o projeto, que está parado no Congresso, também prevê a oferta de crédito especial e ações de apoio ao fortalecimento do mercado interno e externo, tanto para a erva como para seus derivados; incentivo ao associativismo e cooperativismo; além de apoio à pesquisa tecnológica, também são diretrizes que constam da proposta.
De acordo com o texto, o governo deverá ofertar assistência técnica e extensão rural de qualidade, especialmente para os agricultores familiares e para pequenos e médios produtores rurais.
Por Marjorie Avelar – Especial para revista A Lavoura