Variedade foi apresentada pela Embrapa e Fundação Bahia, que têm outras novidades para os produtores
Durante a Bahia Farm Show, maior feira agrícola do Norte e Nordeste, realizada no município baiano de Eduardo Magalhães, a Embrapa e a Fundação Bahia realizaram o pré-lançamento de uma nova cultivar de algodão. Trata-se da BRS 437 B2RF, variedade transgênica com resistência múltipla a doenças, com destaque para a mancha de ramulária, considerada a principal doença do algodoeiro no País, e que demanda até oito pulverizações de fungicidas por safra em cultivares mais suscetíveis a esse problema.
A nova cultivar também possui a tecnologia Bollgard II Roundup Ready Flex (B2RF), que confere resistência às principais espécies de lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato em todas as fases de desenvolvimento da cultura.
A BRS 437 B2RF possui fibra de alta qualidade e elevada produtividade, potencial produtivo de 6.015 quilos por hectare de algodão em caroço e 2.425 quilos por hectare de pluma. De ciclo médio a tardio e porte médio a alto, é indicada para semeadura em abertura e meio do plantio, em condição de sequeiro ou irrigada, no cerrado dos estados da Bahia, Piauí, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Além, da resistência à ramulária, a 437 B2RF é resistente a doença azul, bacteriose e mosaico comum, além de ser moderadamente resistente ao nematoide das galhas.
As sementes estarão disponíveis aos produtores a partir da próxima safra, por meio de sementeiro cooperado da Fundação da Bahia, no telefone e email: (77) 99971-0643 e cajuarana@hotmail.com.
Outros destaques
Durante a feira, que começou dia 31 de maio e termina dia 5 de junho, a Embrapa Algodão também divulgou aos produtores da região a cultivar de algodoeiro transgênica BRS 500 B2RF, indicada para cultivo em áreas comerciais de elevada produtividade e áreas com incidência de nematoide das galhas.
A BRS 500 B2RF possui produtividade e produção de fibra branca de comprimento médio, é resistente a lagartas e ao herbicida glifosato e a doenças, com destaque para a mancha de ramulária e ao nematoide das galhas.
Além disso, foram apresentadas ao público duas cultivares de gergelim: BRS Anahí e BRS Morena. A primeira possui desempenho agronômico superior às demais cultivares em diferentes regiões do país, alta produtividade e características interessantes para a indústria, como sementes de película clara, bem maiores que as disponíveis do mercado, e adaptação à colheita mecanizada ou manual.
Já a segunda, é uma cultivar de gergelim de coloração marrom avermelhada, que proporciona sabor diferenciado para o consumo in natura e para a indústria alimentícia, com foco no mercado gourmet.
Na ocasião, também foi pré-lançada a cultivar de soja BRS 8383IPRO, desenvolvida pela Embrapa Cerrados e Fundação Bahia. A variedade tem ciclo médio, hábito de crescimento indeterminado, com alto teto produtivo e estabilidade de produção mesmo em condições de seca e elevadas temperaturas.