Extratos vegetais ajudam a amenizar os efeitos das variações climáticas (Foto: Divulgação Acadian)
A fruticultura é um dos pilares da agricultura do Brasil e de diversos países da América do Sul, cada qual com cultivos de importância econômica e estratégica. Aqui, frutas como banana, melão, laranja, manga, uva e mamão movimentam o mercado interno e externo.
Somente no ano passado, por exemplo, o Brasil exportou mais de US$ 1,3 bilhão em frutas. Entretanto, o cultivo em larga escala enfrenta desafios climáticos recorrentes, especialmente ligados a variações bruscas de temperatura – ou muito quente ou muito baixa.
Nesse contexto, os bioestimulantes naturais à base da alga marinha Ascophyllum nodosum vêm ganhando espaço. “Esses extratos vegetais são ricos em compostos bioativos que promovem uma série de benefícios fisiológicos às plantas, tornando-se aliados valiosos para culturas frutíferas sujeitas a estresses ambientais”, relata o engenheiro agrônomo, Samir Filho.

Os bioesimulantes são ricos em compostos bioativos que promovem uma série de benefícios fisiológicos às plantas. Foto: Divulgação Acadian
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Principais benefícios
Pesquisas mostram que o uso da alga contribui para a resistência a temperaturas extremas (calor intenso ou frio moderado); melhoria do sistema radicular, com raízes mais profundas e eficientes na absorção de água e nutrientes; equilíbrio hormonal da planta, regulando substâncias como o ácido abscísico e o etileno, essenciais para a frutificação; e estímulo ao crescimento vegetativo, além da qualidade comercial dos frutos.

Os efeitos dos bioestimulantes são úteis para frutas de alto valor agregado, como a banana, por exemplo. Foto: Divulgação Acadian
“Esses efeitos são úteis para frutas de alto valor agregado, quando o rendimento por planta e o calibre do fruto influenciam diretamente as exportações. Alguns exemplos são banana, manga e laranja, cultivadas em regiões sujeitas à seca ou alta umidade. Nessas condições, os bioestimulantes à base de algas ajudam a manter o metabolismo da planta ativo, mesmo em condições adversas”, comenta o agrônomo.
Além do aspecto agronômico, o uso contínuo desses produtos está em sintonia com práticas agrícolas sustentáveis, cada vez mais exigidas pelos mercados internacionais. Isso se alinha perfeitamente à vocação exportadora, com a ampliação da competitividade das frutas tropicais brasileiras.
“Diante de um mercado exigente e de uma agricultura exposta a desafios climáticos crescentes, tecnologias modernas, como o uso de extratos de Ascophyllum nodosum, representam não apenas uma inovação agronômica, mas uma estratégia inteligente de adaptação e sustentabilidade para a fruticultura”, conclui o especialista.