A aplicação deve ser feita levando em consideração resultados de pesquisas e das condições químicas apresentadas pelo solo
“Pesquisas têm demonstrado o efeito do ácido fúlvico no desenvolvimento de raízes laterais, principalmente nas mudas, nos estádios iniciais de desenvolvimento das plantas, quando as células se encontram em processos de divisão e diferenciação, processos estes semelhantes as respostas fisiológicas ao hormônio auxina”, explica o professor da das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), Saulo Strazeio.
Produtividade em estudos
Com a aplicação da solução , tem-se uma maior absorção de nutrientes pelas plantas, resultando em maior produção de alface, devido ao maior volume de solo explorado pelas plantas.
Segundo estudo de coautoria do pesquisador Elis Borcioni, da Universidade Federal de Santa Cantarina (UFSC), a aplicação do ácido fúlvico nas mudas de alface proporcionou maior crescimento inicial das plantas de alface, alterando a massa seca e fresca das folhas, bem como o comprimento e volume radicular.
Estes efeitos podem estar associados à presença de compostos semelhantes às auxinas nas substâncias húmicas, contribuindo para o crescimento das plantas, especialmente do sistema radicular.
Outros estudos afirmam que o aumento de raízes laterais nas plantas de alface proporciona efeitos positivos na produção, em função da maior capacidade de adaptação das plantas ao ambiente sob condições adversas.
Erros mais frequentes
Quando se fala em erros, pode-se dizer que os mais frequentes são sobre a falta de conhecimento das substâncias húmicas, concentração, grau de purificação do material dentre outras. Para minimizar esses erros, de acordo como os especialistas, deve-se ter conhecimento dos produtos comerciais disponíveis e a recomendação (doses e épocas de aplicação) para a cultura em específico.
“Ainda há poucos estudos com a aplicação de ácidos fúlvicos na cultura da alface. Em função disso, o custo irá variar de acordo com a fonte de ácido fúlvico utilizada, bem como a concentração a ser aplicada nas plantas”, conclui Strazeio.