Características específicas da cotonicultura no País – como uma boa safra na temporada 2017/2018, qualidade, competitividade e maior participação em alguns dos principais mercados consumidores – possibilitaram ao Brasil bater uma nova marca na exportação de algodão em pluma, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).
Entre julho de 2018 e abril deste ano, foram embarcadas 1,04 milhão de toneladas dessa commodity, ultrapassando o último recorde que foi registrado entre julho de 2011 e junho de 2012 – de 1,03 milhão de toneladas exportadas, conforme números oficiais do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Desde então, de acordo com a Anea, o volume oscilava entre 500 mil e 900 mil toneladas do produto exportado anualmente. Somente no mês de abril deste ano, foram exportadas 72,2 mil toneladas de algodão.
Participação
Com mais de 35% de participação, a China lidera o ranking dos principais destinos das exportações de algodão brasileiro, durante a temporada de embarques da safra 2018.
A Anea já previa que o País iria obter um ótimo desempenho e confia na possibilidade de alcançar o patamar de segundo maior exportador mundial de algodão, ainda neste ano. Com a performance da commodity, Henrique Snitcovski, presidente da Associação, reforça que o Brasil está cada vez mais próximo desta meta.
“Para completar o ciclo da safra de 2018, ainda faltam os meses de maio e junho”, afirma o executivo.
Um dos principais atributos do setor produtor de algodão brasileiro, de acordo com Snitcovski, é que a cotonicultura envolve “um segmento unido, trabalhando para superar desafios, desenvolver e aperfeiçoar a presença da fibra nacional em diversos mercados, com qualidade, regularidade e competitividade”.
Sobre a Anea
Fundada em 2000, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão tem como objetivo promover institucionalmente o algodão brasileiro nos mercados consumidores e ordenar as exportações brasileiras de algodão, defendendo os interesses da cadeia junto às autoridades públicas e privadas.
A instituição também foi responsável pela criação de diversos comitês no setor, dentre eles o Comitê de Logística, destinado a identificar problemas de infraestrutura em rodovias, ferrovias, armazenagem e portos.