O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atendendo a um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), aprovou o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para cultura da palma forrageira na região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O Zarc é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos criado para minimizar as perdas na produção agrícola, causadas por fenômenos climáticos adversos. Ele permite identificar a melhor época de plantio da cultura, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.
Coordenador de Assuntos Estratégicos da CNA, Joaci Medeiros ressalta que o zoneamento para a cultura da palma é um pleito antigo da Confederação. Nas propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, mais conhecido como Plano Safra, a instituição defendeu a atualização do Zoneamento, adotando o novo método de mensuração de riscos de perda definido pelo Mapa.
“Para nós é uma conquista pois agora os produtores rurais dos estados da região Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo e também os técnicos que prestam assistência saberão identificar a melhor época do ano para plantar a palma”.
Análise de riscos da produção
Medeiros explica que o Zoneamento também é utilizado por agentes financeiros e seguradoras para avaliar o risco de produção da cultura. O produtor que contratar operações de crédito de custeio no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), por exemplo, precisa seguir as recomendações das portarias de Zarc.
“Se por acaso houver perda da produção ocasionada por fatores climáticos, esse produtor que seguiu o calendário de plantio estará amparado pelo Proagro conforme valor enquadrado na operação”.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a palma forrageira faz parte da base alimentar dos rebanhos de zonas áridas e semiáridas. Características como alta palatabilidade, produção de biomassa e resistência à seca fazem dessa planta um alimento valioso para os rebanhos desta região.
A estatal ainda destaca que, no Semiárido brasileiro, é cultivada em larga escala e usada ao longo do ano, constituindo-se em um componente fundamental para a sustentabilidade de importantes bacias leiteiras do Nordeste.