A empresa Villa Germania Alimentos S.A., com sede no município de Indaial (SC), também foi desabilitada pela Arábia Saudita para a exportação de aves para aquele país. É o que informa, por meio de comunicado à imprensa, a Associação Catarinense de Avicultura (Acav), instituição que representa e defende as indústrias de abate e processamento de aves em Santa Catarina.
Conforme a Associação, a Villa Germania é a única empresa de abate e processamento do Brasil e da América Latina a exportar carne de pato para a Arábia Saudita. Sustenta 300 empregos diretos e mantém uma base produtiva no campo com 50 famílias rurais do Planalto Norte, Vale do Itajaí e Alto Vale do Itajaí.
A empresa iniciou as exportações em 2008 e nunca havia sofrido descredenciamento. Desde 2003 opera sob a matrícula SIF 4021 do Ministério da Agricultura, com todas as licenças, alvarás e licenciamentos rigorosamente em dia.
Nos últimos cinco anos, segundo a Acav, a Villa Germania tornou-se a maior fornecedora de carne de pato para a Arábia Saudita, respondendo, em alguns anos, por quase 100% das importações sauditas para essa categoria de proteína. Nesse período, a Arábia Saudita respondeu por 30% do faturamento da empresa com exportações.
Pedido de apoio
A empresa já solicitou apoio, para o restabelecimento urgente do credenciamento, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), à Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina e à Associação Catarinense de Avicultura.
Conforme informado anteriormente pela Associação, outras empresas catarinenses também foram afetadas. A BRF de Concórdia e a Vossko de Lages foram desabilitadas. A unidade de perus da BRF, em Chapecó, não chegou a ser habilitada porque estava em regime de lay off, com produção paralisada, quando a missão técnica da Arábia Saudita esteve no Brasil. As três empresas iniciaram as tratativas para reabilitação das quatro plantas.
Santa Catarina tem grande protagonismo no universo da avicultura industrial: é o segundo Estado produtor e exportador, tendo, em 2018, embarcado para 135 países 1,4 milhão de toneladas de carne de frango, obtendo divisas de 1,8 bilhão de dólares. O Estado também responde por 28,67% das receitas das exportações brasileiras tendo como principais compradores Japão, China e Arábia Saudita.