Com manejo consciente e inovação, a pecuária brasileira pode continuar crescendo de forma segura — para os animais, para os consumidores e para o planeta (Foto: João Costa/Embrapa)
Na lida diária com o gado, cada decisão do pecuarista pode impactar não apenas a saúde do rebanho, mas também o futuro da cadeia produtiva e da segurança alimentar.
Um dos desafios mais urgentes nesse contexto é a resistência aos antimicrobianos (RAM), considerada hoje uma das principais ameaças à saúde animal e humana. O problema preocupa não só especialistas, mas também organismos internacionais e governos, inclusive no Brasil.
Um estudo publicado em 2024 pelo periódico The Lancet projeta que mais de 39 milhões de pessoas poderão morrer entre 2025 e 2050 em decorrência da resistência microbiana. Já o Banco Mundial estima um impacto econômico global de até US$ 3,4 trilhões até 2030. O cenário exige uma mudança de atitude urgente — e na pecuária, ela começa com o uso racional dos antibióticos.
“O uso de antibióticos sem prescrição, a interrupção precoce do tratamento e a administração preventiva ou como promotor de crescimento estão em desacordo com as diretrizes nacionais e internacionais de sanidade. Elas impactam diretamente a qualidade do rebanho e colocam o consumidor final em risco”, alerta Patrícia Nobre, gerente de marketing e produto da Zoetis.
Na prática, isso significa abandonar velhos hábitos, como a automedicação dos animais ou a escolha do antibiótico sem orientação veterinária.
A RAM dificulta o tratamento de doenças, eleva os custos de produção e ainda compromete a confiança do consumidor em relação à carne e ao leite que chegam à sua mesa. Além disso, contribui para a proliferação de microrganismos resistentes, que podem contaminar alimentos e ambientes.
Diante disso, órgãos como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) vêm reforçando diretrizes rígidas para mitigar esses riscos.
No Brasil, o MAPA já implementou o Programa de Vigilância e Monitoramento da Resistência aos Antimicrobianos no Âmbito da Agropecuária, que busca identificar padrões de resistência em alimentos de origem animal.
Regra dos cinco somentes
Já a OMSA difunde mundialmente a campanha “Regra dos cinco somentes”, com orientações essenciais:
- Somente com prescrição veterinária
- Somente de fontes autorizadas
- Somente na dose e tempo corretos
- Somente com boas práticas de manejo e higiene
- Somente quando necessário
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Nesse contexto, o papel de empresas comprometidas com a sanidade animal e o uso seguro de medicamentos ganha destaque. É o caso da Zoetis, que há décadas investe em educação sanitária e inovação no campo.
Além de fornecer soluções eficazes, a companhia tem atuado na conscientização do setor sobre o uso responsável de antibióticos. Por meio de ações de campo, treinamentos e apoio técnico, busca engajar produtores e veterinários em uma jornada que une produtividade e bem-estar animal.
“Um tratamento eficaz começa com um diagnóstico preciso e segue com a escolha do antibiótico adequado. Igualmente, é essencial respeitar a dose, o tempo de tratamento e o período de carência para garantir a saúde dos animais e a segurança dos alimentos. Esses princípios estão no centro da nossa atuação”, reforça Patrícia.
“Nosso compromisso é entregar soluções que protejam a saúde animal ao mesmo tempo que promove segurança alimentar e o futuro da pecuária brasileira. O combate à resistência microbiana é uma responsabilidade compartilhada entre indústria, autoridades sanitárias, veterinários e produtores — e nós estamos liderando esse movimento com ciência e tradição”, conclui Patrícia Nobre.