A importância da tecnologia para o desenvolvimento sustentável da atividade
Com 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas, o Brasil figura entre um dos maiores produtores do agronegócio florestal. A base econômica desse setor, que abrange silvicultura, colheita e transporte de madeira, desempenha um papel importante na definição das características do produto final oferecido no mercado. Sendo assim, o avanço de tecnologias é fundamental em cada uma dessas etapas.
A princípio, a mecanização estava concentrada na colheita e no transporte, evidenciando um compromisso crescente com padrões rigorosos de sustentabilidade. Esse desenvolvimento tecnológico está pavimentando o caminho para um futuro ambientalmente responsável.
“A mecanização da silvicultura emerge como um desafio a ser enfrentado. Atualmente, o plantio de florestas é predominantemente manual ou semimecanizado, e a automação desse processo é essencial para aprimorar a eficiência e a produtividade”, destaca o diretor Florestal da Reflorestar, Igor Dutra de Souza.
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Alta demanda
O executivo observa que, desde o início da pandemia, a silvicultura está em franca expansão, tornando-se “a menina dos olhos” da cadeia florestal. “As indústrias e o agronegócio estão com alta demanda por biomassa florestal, impulsionando o crescimento do setor, com destaque para o ramo de celulose, no qual o Brasil é atualmente o maior produtor e exportador mundial”, relata.
Conforme explica Souza, com o aumento da demanda, surgem inovações tecnológicas para aplicação em plantios florestais. “É de olho neste cenário que estamos expandindo as atividades para o segmento, estendendo o processo mecanizado na colheita e no carregamento de madeira para a silvicultura”, cita.
Dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados em setembro de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam um aumento de produção – R$7,5 bilhões –, com destaque para o crescimento da área plantada em Mato Grosso do Sul, alcançando 1,2 milhão de hectares, representando um incremento de 13,2%.
“O desafio de desenvolver uma silvicultura totalmente mecanizada fará a diferença para os próximos sete anos, quando chegar a época da colheita. É preciso aproveitar este momento para ampliarmos nossa visão para garantir um futuro mais inovador e competitivo no mercado global”, finaliza o executivo.