Cruzamento de raças caracteriza técnica
A carne bovina é o alimento mais requisitado nos pratos dos brasileiros, sendo o país um dos maiores consumidores do mundo dessa proteína animal. De olho nesse mercado, criadores apresentam na AgroBrasília raças destinadas ao mercado de melhoramento genético.
Nelore, Sindi, Nelore Pintado e Guzerá são raças que têm chamando a atenção dos produtores e criadores de bovinos. Alguns grupos são cruzamentos de raças conhecidas. “Se cruzar Guzerá com a raça Nelore, por exemplo, vai ter a raça Guzonel, que alguns estudos comprovam ter um rendimento de carcaça 56% melhor do que a Guzerá pura ou Nelore pura. A Guzerá é uma raça de dupla aptidão para carne e leite e ao cruzarmos com o Nelore buscamos melhorar estas qualidades nos seus descendentes”, diz o representante da Guzerá da Capital, Roni Aparecido.
Ele pontua ainda que o diferencial da Guzerá, em relação às outras raças, é que a mistura dá um choque de sangue que resulta em animais bons e pesados.” A partir de dois anos, os animais estão prontos para reprodução.
Além da Guzerá da Capital, a empresa Zebu Cerrado tem chamado a atenção do público que passa na AgroBrasília. Em seu estande na Feira, são encontradas as raças Sindi, Nelore, Nelore Pintado, dentre outras.“A Nelore tem habilidade para produção de carne de qualidade, ou gourmet, que o mercado procura hoje. A Sindi é de temperamento mais dócil e também tem dupla aptidão, para carne e leite, como a Guzerá”, ressaltou o representante comercial e médico veterinário da Zebu do Cerrado, Leandro Correa.
Ele explicou ainda as etapas de desenvolvimento dessas raças. “Esses animais levam até três anos para aprontar, num processo que começa na seleção dos animais que vão compor os cruzamentos para o aprimoramento genético, passa pela inseminação das fêmeas ou dos embriões, nascimentos até os animais chegarem aqui para a exposição e comercialização”, finalizou.