Especialista ensina como obter capim de boa qualidade no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil
É hora de reformar pasto no Brasil Central e na Região Sudeste do País, mas é preciso ficar atento com o plantio para não comprometer os resultados na engorda dos bovinos e na taxa de prenhez das matrizes durante a estação reprodutiva. Um dos cuidados é no sentido de minimizar a incidência de invasoras para obter plantas mais vigorosas e garantir maior oferta de matéria seca para os animais a partir da primavera.
O médico-veterinário Marcelo Mitsuyoshi Fukuda, gerente técnico da unidade de beneficiamento de sementes da Agrocria Nutrição Animal, em Anápolis (GO), dá algumas dicas para o sucesso no estabelecimento das gramíneas.
Na hora de reformar o pasto, é preciso ficar atento com o plantio para não comprometer os resultados na engorda dos bovinos e na taxa de prenhez das matrizes durante a estação reprodutiva. Crédito: Embrapa
1 – Vistorie a área
Defina o tamanho da área para calcular se é compatível com os recursos financeiros, a mão de obra, as máquinas, os equipamentos e os implementos disponíveis, para que o estabelecimento seja feito na época preferencial de semeio. Aspectos relacionados ao solo, como grau de drenagem, cor, textura, profundidade efetiva, pedregosidade e uniformidade devem ser analisados, pois indicam a aptidão agrícola da área para a pastagem.
2 – Objetivo da pastagem
Além de definir se o pasto será para pastejo contínuo, rotacionado, confecção de silagem, feno ou capineira, é importante se atentar à espécie animal, idade e sexo, o ciclo de produção, se é cria, recria ou engorda, bem como a produtividade esperada. Cada um destes fatores requer um planejamento diferente para a pastagem.
3 – Análise de solo
De acordo com o médico-veterinário Marcelo Mitsuyoshi Fukuda, não há a melhor forragem, o que existe é um material forrageiro mais adequado que outro. Crédito: Divulgação
Essa técnica faz as recomendações de calagem e adubação, de acordo com as condições do solo e as exigências nutricionais da cultura a ser implantada.
4 – Escolha da forragem
O ideal é que a área de pastagem seja composta pelo maior número de variedades, evitando assim, possíveis impactos negativos do monocultivo, como o aparecimento de pragas ou doenças, por exemplo. “Não há a melhor forragem, o que existe é um material forrageiro mais adequado que outro”, afirma Fukuda. “Há espécies que, por suas características, se adaptam a uma gama maior de situações, sendo mais adotadas.”
5 – Preparo do solo
Essa operação inclui o controle da vegetação existente e indesejada, a incorporação de corretivos e fertilizantes ao solo, além de melhorar as condições para a germinação das sementes e o estabelecimento das plantas. Os implementos a serem usados e a quantidade de operações para o preparo do solo, variam bastante conforme a situação. “Para o semeio, o solo bem nivelado possível e com o mínimo de torrões, melhora muito a germinação das sementes e o desenvolvimento do capim”, ensina Fukuda.
6 – Cuidado na semeadura
Além de definir o tipo de pasto, é importante se atentar à espécie animal, idade e sexo, o ciclo de produção, se é cria, recria ou engorda, bem como a produtividade esperada. Crédito: Divulgação
A qualidade das sementes é fundamental. A germinação e a pureza física determinam a qualidade de um lote de sementes. No Centro- Oeste e Sudeste, a época de semeadura deve coincidir com o início das chuvas, pois nessa época há boas condições de temperatura e umidade à germinação e posterior desenvolvimento da plântula. As sementes dos materiais forrageiros diferem em forma e tamanho. As de tamanho maior podem ser plantadas mais profundas e sua distribuição pode ocorrer de duas formas: em linha ou a lanço.
