Iniciativa faz parte do Programa PRO Carbono que oferecerá benefícios para agricultores brasileiros que aumentarem o sequestro de carbono no solo
A multinacional de saúde e nutrição Bayer Lançou nesta semana o PRO Carbono – parte da iniciativa Carbono Bayer. O programa oferecerá benefícios para agricultores brasileiros que aumentarem o sequestro de carbono no solo, a partir da adoção de práticas sustentáveis. Um dos benefícios será o acesso a uma linha especial de financiamento disponibilizada pelo banco Itaú BBA.
“A agricultura brasileira já é uma das mais sustentáveis do planeta, mas há espaço para crescimento”, destaca Eduardo Bastos, diretor de Sustentabilidade da divisão agrícola da Bayer para a América Latina.
“Quando intensificamos o manejo através de práticas agronômicas sustentáveis, ampliamos a possibilidade de extrair o real valor de cada germoplasma, produzindo mais e com mais sustentabilidade”, afirma.
“A partir de programas como o PRO Carbono, os agricultores poderão ser recompensados não apenas pelo que e quanto produzem, mas também pela forma como produzem – o que materializa um de nossos compromissos globais de sustentabilidade e parte fundamental do esforço para que a agricultura seja cada vez mais protagonista para solucionar os desafios climáticos do planeta”, diz Bastos.
Como funciona
Para fazer parte da inciativa, os produtores devem implementar práticas de manejo que possibilitem o aumento da retenção de carbono no solo e precisam atender a pré-requisitos de conformidade social e ambiental — entre eles, respeito ao código florestal, às áreas de preservação e não estar em área indígena ou quilombola.
Os agricultores selecionarão um talhão de mais de 30 hectares para participar do programa durante três anos. Um serviço de consultoria dará o apoio necessário para que cada participante adote um rol de práticas de manejo sustentáveis, como plantio direto, cultivo de cobertura e/ou rotação de cultura, e de impulsionadores de produtividade e carbono (como otimização do uso de fertilizantes, adoção de biotecnologia, soluções de proteção de cultivos e ajustes de densidade no plantio).
A iniciativa também vai possibilitar ganhos significativos ao longo dos três anos.
“A partir dos projetos e estudos científicos que já realizamos, estimamos que, ao final do programa, será possível obter um potencial ganho médio de mais de 10% em produtividade e de mais de 6% em rentabilidade, sem contar o aumento do carbono no solo, do aporte de palha e de biodiversidade. Trata-se de um projeto pioneiro e queremos construir os resultados juntos com os agricultores”, explica Bastos.