Cultura ainda está distante da realidade de grande parte das lavouras do país, mas pode ser adotada com diferentes finalidades
A cultura do milheto ainda é desconhecida por boa parte da população brasileira, inclusive no meio rural. Os números extra-oficiais dão conta de que ela é plantada em mais de 4 milhões de hectares no país, com destaque para a Região Centro-Oeste. Mas, seja por falta de melhor e mais direcionada divulgação ou por uma fiscalização ainda falha quanto à procedência das sementes, essa cultura não mostrou todo seu potencial no campo.
Considerado o sexto cereal mais importante do mundo, fica atrás do trigo, do arroz, do milho, da cevada e do sorgo. Algumas das aplicações do milheto têm sido como opção para cobertura de solos em áreas de plantio direto e como fonte de grãos e forragem para regiões que sofrem com falta de água. Entre as características agronômicas de destaque, estão a alta resistência à seca, adaptação a solos de baixa fertilidade, crescimento rápido e boa produção de massa.
Cultivares
Com relação ao desenvolvimento de cultivares de milheto, a Embrapa, por exemplo, possui a variedade BRS 1501, lançada em 1998. Há outras três cultivares (dois híbridos e uma variedade) em adiantado estágio de desenvolvimento.
Segundo a pesquisadora Déa Netto, da área de recursos genéticos da Embrapa Milho e Sorgo, “faltam cultivares para fins determinados: hoje, se o produtor quiser o milheto para grão, deixa um tempo maior do que para silagem; se for para plantio direto, deixa mais tempo e faz a dessecação”, explica, mostrando que a mesma cultivar serve a diferentes propósitos:
- Alta resistência à seca;
- Crescimento rápido;
- Adaptação a solos de baixa fertilidade;
- Boa produção de massa.