Mortal entre os humanos, a doença pode ser contraída por meio de mordida ou lambida de animais infectados
É muito comum se ouvir falar sobre a raiva, principalmente nos meses de agosto e setembro, mas poucas pessoas sabem o porquê essas mensagens são reforçadas neste período. Há dois motivos interligados: um, por influência das condições climáticas. O outro, por causa da maior concentração de animais fêmeas no cio, deixando os machos mais alvoroçados e brigando, com maior frequência, para acasalar.
Vacinação
Por isso, agosto é o mês da vacinação contra a Raiva. A infecção, também conhecida como Doença do Cachorro Louco ou Hidrofobia, é transmitida aos humanos por meio do contato com a saliva do cão e do gato que tenham a doença. Não tem cura, e só a vacina pode impedir sua disseminação.
“Apesar de a raiva canina e felina não serem mais tão comuns nas cidades, a vacinação é obrigatória e deve ser realizada anualmente em cães e gatos”, esclarece Marcelo Quinzani, diretor Clínico do Hospital Pet Care, de São Paulo.
Distribuição gratuita
“É realmente de suma importância vacinar todos os animais de estimação”, recomenda Ana Carolina Sampaio, médica veterinária da DrogaVet, a maior rede de farmácias de manipulação do ramo no Brasil. Segundo ela, a vacina antirrábica ainda é a melhor forma de prevenir a proliferação e contágio da doença.
Como é mortal para humanos, os governos as distribuem, de forma gratuita, em todo o território nacional, pelos centros de controle de zoonoses das prefeituras locais, ressalta a profissional.
Sintomas e transmissão
“O vírus percorre todo o organismo até chegar ao cérebro, causando inchaço ou inflamação na região e, somente após essa inflamação, é que os sintomas começam a se manifestar e já não há mais como retardar os efeitos da doença, levando a pessoa a óbito em poucos dias”, explica a veterinária.
Segundo Ana Carla Sampaio, a raiva é causada por um vírus e como é transmitida por meio da saliva, se espalhou rapidamente entre a população de animais. “É conhecida também como a doença do ‘cachorro louco’ justamente pelos sintomas apresentados pelos cães e gatos infectados que costumam babar ou espumar pela boca, dando a aparência de descontrole”, explica Ana Carla.
Caso a pessoa seja mordida por cão ou gato sem procedência, ou seja, que não for possível saber se o animal foi ou não vacinado contra a doença, a profissional recomenda limpar a ferida imediatamente com água e sabão e procurar um médico para que seja examinada. “É possível prevenir o desenvolvimento da raiva se a imunização for feita logo após o contato com o vírus, porém ainda não há cura definitiva em casos de infecção humana”, ressalta a médica veterinária da Droga Vet.