Mesmo com alta nos insumos, suinocultores estão sendo beneficiados pela alta do preço do animal vivo. Arroba do boi gordo também segue valorizada, ainda que os negócios tenham diminuído
De acordo com balanço divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada do da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea), dia 21, ainda que o ritmo de negócios envolvendo boi gordo para abate tenha diminuído nos últimos dias, os preços da arroba também seguem firmes em muitas praças acompanhadas pelo Cepea.
Em São Paulo, o Indicador do boi CEPEA/B3 fechou a R$ 202,15 nessa quarta-feira, 20, com alta de 1,66% no acumulado parcial de maio (até o dia 20). No geral, os primeiros meses de 2020 foram marcados por preços firmes da arroba bovina.
Segundo o Cepea, “além do ritmo recorde das exportações brasileiras da proteína no período, a menor oferta de animais prontos para abate no campo sustentou os valores do boi gordo”. Dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o número de cabeça de bovinos abatido pelo País no primeiro trimestre de 2020 foi o mais baixo desde 2011.
Suíno
Mesmo com a alta nas cotações dos principais insumos utilizados na suinocultura, milho e farelo de soja, o poder de compra do suinocultor neste acumulado de maio aumentou, devido à valorização mais intensa do animal vivo.
“Vale ressaltar que, apesar desse cenário, o poder de compra ainda está em patamares muito abaixo dos registrados em 2019”, diz o Cepea.
Os preços do suíno vivo estão em alta há três semanas, devido às vendas aquecidas tanto no mercado doméstico quanto no externo, segundo colaboradores do Cepea. Quanto aos insumos, no mercado de milho, vendedores estão preocupados com a segunda safra, porque a irregularidade das chuvas pode limitar o potencial produtivo das lavouras.
“Assim, a oferta do cereal está limitada no mercado doméstico, sustentando os preços. Para o farelo de soja, as cotações da matéria-prima seguem em patamar nominal recorde, fazendo com que as indústrias esmagadoras busquem repassar as altas para os derivados, óleo e farelo, a fim de garantir suas margens”, afirma o balanço.