A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu, na quinta (5), produtores de hortaliças para discutir o potencial de exportações da cadeia produtiva e a internacionalização do agro brasileiro.
Na abertura do encontro, o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, fez uma apresentação sobre a atuação da entidade e afirmou que o setor precisa estar unido para definir as principais demandas.
“Para fazer um bom trabalho de representação, nós temos que trabalhar em conjunto e ouvir quais as prioridades e dificuldades dos produtores de hortaliças para acessar o comércio internacional”.
A superintendente de Relações Internacionais da Confederação, Lígia Dutra, falou sobre o Projeto Agro Br, uma parceria com a Apex-Brasil, que vai capacitar produtores rurais brasileiros na busca de mercados internacionais.
“A ideia é ajudar o produtor e o empresário rural a preparar sua produção para exportação, a identificar oportunidades e conquistar o mercado internacional. Esse projeto conta não só com a parte de capacitação do produtor, mas também de estudos de mercado e contatos com potenciais compradores”
Barreira cultural
O presidente da Comissão Nacional de Flores e Hortaliças da CNA, Manoel Oliveira, explicou que existe uma barreira cultural na cadeia produtiva de produzir apenas para o mercado interno, que pode ser rompida com informações adequadas e inteligência de mercado.
“A gente tem que levar informação para o produtor, organizar os núcleos de produção, melhorar a gestão dentro da propriedade e, principalmente, romper as barreiras para que a cultura exportadora venha efetivamente acontecer”.
Para o produtor Eduardo Sekita, de São Gotardo (MG), a reunião foi uma oportunidade de entender o processo de internacionalização dos produtos agrícolas e conhecer quais são os mercados potenciais para as hortaliças.
Já o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e exportador de melão, Luiz Roberto Barcelos, deu seu depoimento sobre o processo de importação e a importância dos produtores se inserirem no mercado internacional.
“A partir do momento em que se decide produzir um produto de qualidade e com certificação, você passa a cumprir protocolos, que certamente diferenciarão a produção também para o mercado interno, tornando a propriedade cada vez mais competitiva”.