A boa produtividade dos canaviais, que chega a 75,7 toneladas/hectare, foi responsável pelo aumento da safra. Segundo a Conab, das 642,7 milhões de toneladas de cana a serem moídas no Brasil, cerca de 65% são destinadas à produção de etanol (anidro e hidratado) e 35% para açúcar
O terceiro levantamento da safra de cana-de-açúcar 2019/20, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revela um aumento de 4,9% na produtividade dos canaviais brasileiros, em comparação à safra anterior. Nesta colheita, a área plantada diminuiu 1,35%, alcançando 8,5 milhões de hectares.
A maior queda foi na região Norte – 6,6% em relação à área cultivada na safra passada – seguida do Sul, com diminuição de 5,7%. Segundo a Conab, o aumento da safra, mesmo com redução da área, se deve à boa produtividade dos canaviais, que chega a 75,7 toneladas/hectare.
O levantamento da companhia mostra que, das 642,7 milhões de toneladas de cana a serem moídas no Brasil, cerca de 65% são destinadas à produção de etanol (anidro e hidratado) e 35% para açúcar. O crescimento foi 3,6% em relação à safra anterior.
A produção total de etanol, proveniente da cana-de-açúcar e do milho, é de 35,5 bilhões de litros, com um acréscimo de 7,2%, comparado à safra 2018/19. Da extração da cana são 33,8 bilhões de litros, representando um crescimento de 4,6%. Desse total, a maior parte vai para o etanol hidratado (23,6 bilhões de litros), enquanto o anidro fica com 10,2 bilhões.
Milho para etanol
A Conab identificou um crescimento no interesse dos produtores na produção de etanol a partir do milho. A estimativa é de uma produção de 1,69 bilhão de litros, com elevação de 114% frente à última safra. O biocombustível na forma hidratada sinaliza a produção 1,2 bilhão de litros, com crescimento de 120%, ao passo que o anidro chega a 463 milhões, um aumento de 2,6% em relação ao estudo anterior.
Os 35% da moagem de cana destinados ao açúcar vão permitir que se produza 30,1 milhões de toneladas do subproduto, com um crescimento de 3,8%.