Nos experimentos em campo, que duraram três anos, a SCS206 Potência apresentou maior rendimento em relação a outras duas variedades de feijão preto, que serviram de comparativos, e ainda obteve maior resistência das plantas à antracnose
Com rendimento maior que outras variedades de feijão preto e recomendada para cultivos nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul, a nova cultivar SCS206 Potência, desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), apresenta produtividade 11% superior às duas testemunhas avaliadas, em todos os locais analisados em três anos de cultivo.
Nos experimentos em campo, em relação à Uirapuru e BRS Campeiro, em número de grãos a Potência rendeu 116,52% e 106,02% a mais, respectivamente. Ainda foi observada maior resistência das plantas à antracnose, outro aspecto importante desse novo material genético.
Para desenvolver a SCS206 – a sexta cultivar de feijão da Empresa de Pesquisa catarinense –, foram necessários 15 anos de estudos do Programa de Melhoramento Genético de Feijão (PMGF) do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar (Cepaf) da Epagri.
Números
O feijão tem a terceira maior área semeada entre os grãos produzidos no Brasil, com mais de três milhões de hectares cultivados. A Região Sul é responsável por mais de 40% da produção total e mais de 96% da produção de feijão preto no País.
Já os agricultores familiares respondem por 70% da produção nacional. Em Santa Catarina, o feijão é cultivado em todas as regiões, com destaque para os Planaltos Norte e Serrano na safra e para o Oeste e o Litoral Sul na safrinha.
Valor nutricional
A Epagri destaca que essa leguminosa é uma das mais importantes fontes de proteína vegetal, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas do complexo B para humanos, sendo considerada um alimento de segurança alimentar para os brasileiros.
A preferência dos consumidores brasileiros ainda é pelo feijão carioca, mas os três Estados do Sul e o Rio de Janeiro, no Sudeste, preferem feijões do grupo preto.